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Pseudolinfoma

O pseudolinfoma é uma resposta inflamatória benigna, ocasionalmente ligada a um antígeno estimulante que simula linfomas cutâneos.

Epidemiologia. Os pseudolinfomas nodulares localizados são mais comuns e mimetizam clinicamente o linfoma de células B e às vezes são denominados linfocitoma cútis. É mais comum no início da vida, com idade média de início aos 34 anos. É discretamente mais frequente no sexo feminino, apresentando uma proporção de 2:1.

Fisiopatologia. Em pacientes com pseudolinfoma, os linfócitos e outras células inflamatórias são recrutados para a pele em resposta a estímulos conhecidos ou não. Os casos com etiologia conhecida incluem reações a corante de tatuagem, joias (especialmente ouro), picadas de insetos, medicamentos, foliculites, traumas, infecções (vírus varicela-zoster, espécies de Borrelia, molusco contagioso, Helicobacter pylori), vacinações, acupuntura. Outro subgrupo de pseudolinfoma é resultado de resposta sistêmica incomum a medicamentos, geralmente anticonvulsivante (tipicamente fenitoína e carbamazepina).

Manifestações clínicas. Pacientes com pseudolinfoma de padrão de células B apresentam nódulo único ou agrupado, cor da pele ou vermelho, geralmente com sintomas mínimos associados, tais como prurido ou dor. Já aqueles com padrão de células T geralmente apresentam manchas mais largas, que comumente são assintomáticas.

O início do pseudolinfoma induzido por drogas é insidioso. A maioria dos pacientes apresenta uma única lesão papular ou nodular, de crescimento lento ao longo de várias semanas após início dos medicamentos.

O local mais comum de envolvimento no pseudolinfoma cutâneo é a face (70%), seguida pelo tórax e pelas extremidades superiores.

Diagnóstico. A elucidação diagnóstica se faz através da clínica, histopatologia, imuno-histoquímica e acompanhamento do paciente. As principais características histológicas que favorecem o diagnóstico de pseudolinfoma em relação ao linfoma incluem a presença de um infiltrado misto com histiócitos, eosinófilos e plasmócitos, além dos linfócitos. A presença de macrófagos com corpos tingíveis, células dendríticas foliculares preservadas e uniformemente espaçadas (destacadas pela coloração imuno-histoquímica CD21), centros germinativos polarizados preservados e ausência de coloração BCL-2 favorecem o diagnóstico de pseudolinfoma, mas a correlação clínica e o acompanhamento são necessários para o tratamento definitivo. O pseudolinfoma induzido por drogas geralmente se assemelha ao infiltrado de células T parecido com a micose fungoide.

Diagnóstico diferencial. Deve-se considerar no diagnóstico diferencial: reticuloide actínico; linfoma cutâneo de células B; linfoma cutâneo de células T; erupções por drogas; dermatite de contato; sífilis.

Tratamento. Quando o agente etiológico é conhecido, a remoção resulta na resolução da doença. Os casos que ocorrem como resultado de infecção deve ser adequadamente tratado. Nas formas idiopáticas, o tratamento não é obrigatório. Pode ser realizado através de remoção cirúrgica, criocirurgia ou irradiação local. Alguns estudos mostraram resposta aos corticosteroides tópicos ou injetáveis ​​e imunomoduladores tópicos, como o tacrolimus.

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