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Pseudoacantose nigricante

VEJA AS IMAGENS: https://www.skinprime.com.br/atlas-de-imagens-1/pseudoacantose-nigricante



Trata-se de um padrão de reação inespecífica da pele que cacteriza-se por hiperqueratose e hiperpigmentação. Também chamada de acantose nigricante beninga por alguns autores, trata-se da forma juvenil benigna da acantose nigricante, relacionada ao sobrepeso e alterações metabólicas (diabetes, resistência periférica à insulina, etc.). A Associação Americana de Daibetes estabeleu a acantose como risco formal para o desenvolvimento de diabetes em crianças. Além disso, o uso indiscriminado de corticoides, hormônio do crescimento e contraceptivos orais está atrelado às desordens hormonais que podem gerar o aparecimento da pseudoacantose nigricante.

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Etiologia, epidemiologia e patogenia: A maioria dos casos é idiopática (sem causa definida) e estaria relacionada à obesidade ou sobrepeso, que induziriam um estado de resistência periférica a insulina e estimula as células da pele a proliferarem. Acredita-se que o estado de hiperinsulinemia (resistência periférica à insulina) gerado pela obesidade, estimularia a proliferação dos queratinócitos pela ação do fator de crescimento insulina símile sobre os queratinócitos. Predomina em fototipos mais altos, sendo mais rara em brancos. Ademais, salienta-se Síndrome de Cushing (hipercortisolismo), Doença de Addison e Ovário Policístico como comorbidades associadas ao aparecimento dessas placas.

Manifestações clínicas: Pseudo acantose nigricante caracteriza-se pelo espessamento marrom da pele das dobras, principalmente pescoço, axilas e virilhas, formando placas aveludadas e acastanhadas sobre as dobras, podendo assemelhar-se a sujeira nas fases iniciais. É significativo destacar que uma evolução acentuada dessas placas num curto período de tempo pode ser um indício da acantose maligna, a qual está ligada a neoplasias no organismo.

Tratamento: Normalmente as lesões não geram sintomas e o tratamento visa redução da massa corporal, normalização da resistência periférica à insulina. Caso indicado, a redução da espessura das placas pode ser feita com uso de cremes queratolíticos a base de ureia, ácido salicílico ou derivados retinóicos ou ainda à associação destes. Fórmula tríplice pode ser usada. Todavia, diante de possível irritação exacerbada no local após o uso desses, é sugerido usar o trifaroteno (um retinóico de quarta geração) para atenuar as manchas. Medicação oral como isotretinoína, acitretin e metformina pode ser tentada.


ATUALIZADO EM 25/07/22

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