Pápulas e placas urticariformes pruriginosas da gravidez PUPPP
Dermatose benigna da gravidez caracterizada por placas e pápulas urticariformes, que aparecem tipicamente no terceiro trimestre da primeira gestação, sendo a segunda doença mais freqüente da gravidez.
Epidemiologia: Condição relativamente freqüente, surgindo em 1 para cada 160 gestantes, 73% ocorrendo na primeira gravidez.
Etiologia: Etiologia desconhecida, mas há relatos de risco aumentado para a doença em gestação com múltiplos fetos, relacionado principalmente com o ganho de peso e distensão da pele abdominal.
Há casos relatados relacionados à hipertensão gestacional e uma serie de casos observou maior risco quando o feto era masculino. Estudos recentes demonstram relação com tabagismo.
Quadro clínico: A dermatose caracteriza-se por pápulas e/ou placas urticariformes intensamente pruriginosas inicialmente sobre as estrias abdominais, normalmente poupando a região periumbilical, e que posteriormente progride para nádegas e partes proximais das coxas, podendo generalizar. Tipicamente ocorre no terceiro trimestre da gravidez.
O diagnóstico é clínico e o exame histopatológico inespecífico. Quando indicado, será útil para afastar outras patologias.
A doença tem caráter benigno, excelente prognóstico e não ocorrem conseqüências ao feto. Auto-limitada, melhorando em 4 a 6 semanas independentemente do parto. Não é freqüente recidiva em gestações posteriores.
Tratamento: O tratamento visa aliviar o prurido, que se torna desesperador em algumas pacientes. O uso de corticóides tópicos é frequentemente utilizado em associação a anti-histamínicos orais. Corticóides orais podem ser eventualmente necessários. Hidratação e emolientes devem ser sempre orientados.