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Foliculite decalvante

Forma rara de foliculite crônica, geralmente causada pelo Staphylococcus aureus, que determina intensa destruição folicular, e resulta em alopecia cicatricial residual. Denomina-se foliculite decalvante no couro cabeludo e foliculite decalvante de Arnozan Dubreuilh quando atinge os membros inferiores.

Epidemiologia: Predomina adolescentes e adultos jovens, principalmente no sexo masculino e em negros.

Etiopatogenia: A etiologia ainda é incerta. O S. aureus parece ter papel importante na patogênese da doença e pode ser isolado em quase todos os pacientes.
Há possibilidade de predisposição genética.

Manifestações clínicas: Apresenta-se como pápulas e pústulas foliculares que se expandem perifericamente, e evoluem para alopecia cicatricial central. Evolui com atividade periférica, evidenciada por pústulas foliculares na periferia da lesão. É freqüente a persistência de tufos de cabelos emergindo de uma mesma abertura folicular, com aspecto semelhante a “cabelo de boneca”.
O histopatológico evidencia fibrose ou processo cicatricial com perda dos folículos, com infiltrado predominantemente neutrofílico.

Tratamento: O tratamento da foliculite decalvante representa um grande desafio na prática clínica, com inúmeras recidivas e manutenção da atividade da doença por longos períodos. Apesar do S. aureus ser frequentemente encontrado em culturas das pústulas, essa condição responde mal ao uso padrão de antibióticos. Inúmeros antibióticos tópicos /ou orais vêm sendo usados para seu tratamento. Rifampicina associada à clindamicina por um período de 12 semanas, tem sido usado como tratamento de eleição, com período de remissão mais duradouro.
Corticóide tópico ou intralesional pode ser útil para reduzir a inflamação e corticóide oral pode ser indicado em casos de rápida progressão.
A remoção do pêlo tem sido usada em alguns casos de alopecias cicatriciais, e há relatos de bons resultados no controle da atividade da doença com uso do laser epilatório Nd-YAG 1064 em casos de foliculite decalvante de membros inferiores, com remissão completa das lesões inflamatórias, e sem hipercromia residual, já que os pacientes em sua maioria são melanodérmicos e o laser diodo não é bem indicado para fototipos mais altos.

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