top of page

Fitofotodermatite

A fitofotodermatite é uma erupção cutânea inflamatória resultante do contato com substâncias conhecidas como furocumarinas que produzem na pele reações fototóxicas por estimulação da luz ultravioleta.

Epidemiologia. As plantas mais comuns que causam a fitofotodermatite estão nas famílias Apiaceae e Rutaceae. Os membros comumente encontrados incluem salsão, pastinaca selvagem e salsa (Apiaceae), bem como limões e limas (Rutaceae). Ambos os sexos podem ser afetados, sendo mais facilmente reconhecida em pacientes de pele clara.

Fisiopatologia. A fitofotodermatite é induzida por exposição dos compostos de furocumarina (psoralenos) à radiação UVA. Quando os psoralenos são fotoativados, eles se ligam covalentemente a bases de pirimidina nas cadeias de DNA, resultando em morte celular.

Manifestações clínicas. Os pacientes tipicamente apresentam eritema, edema e bolhas em configurações lineares ou aleatórias na pele exposta ao sol. Os achados clínicos aparecem aproximadamente 24 horas após a exposição solar, com lesões não pruriginosas e eventualmente dolorosas. À medida que a erupção aguda desaparece, ela é substituída por hiperpigmentação que pode durar meses a anos. É importante observar que muitas vezes o eritema anterior não é aparente e apenas a hiperpigmentação é observada.

Diagnóstico. O diagnóstico é clínico, por isso a história do paciente é essencial. O médico deve questionar o contato com frutas ou plantas, sobretudo quando o paciente se queixa de sensação dolorosa ou queimação, em vez de prurido (que é comumente associado à dermatite de contato alérgica). Os dados laboratoriais são usados para apoiar o diagnóstico e excluir outras doenças no diagnóstico diferencial. Assim, os níveis séricos de psoraleno podem ser verificados se desconhecida a ingestão. Os níveis de porfirina podem ser obtidos para excluir a porfiria cutânea tardia.

Diagnóstico diferencial. Deve-se considerar no diagnóstico diferencial: manifestações dermatológicas do herpes simplex; dermatite de contato alérgica; queimadura por exposição solar; larva migrans cutânea; porfiria cutânea tardia.

Tratamento. A fitofotodermatite é uma doença autolimitada que se resolve com a remoção do agente causador (furocumarina). Recomenda-se tratar a condição inflamatória com base na gravidade dos sintomas. Dessa forma, as reações leves devem ser tratadas com curativos frios e úmidos, esteróides tópicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). As reações graves e edematosas podem necessitar de esteroides sistêmicos. A aplicação tópica de hidroquinona a 4% 1-2 vezes/dia durante várias semanas pode diminuir a hiperpigmentação.

bottom of page