Farmacodermias
As reações cutâneas a drogas podem se dever a mecanismos imunológicos ou não-imunológicos, sendo estes últimos mais freqüentes.
Os padrões morfológicos mais encontrados são: exantematoso (45%), urticariforme (27%), eritema fixo medicamentoso (9%), eritema multiforme (5%) e outros (14%). Uma única droga pode produzir diferentes tipos de erupção, assim como drogas diferentes podem determinar o mesmo tipo morfológico.
A anamnese é o elemento de maior valor no diagnóstico de uma farmacodermia.
O principal diagnóstico diferencial das reações morbiliformes a drogas é representado pelos exantemas virais (EBV, enteroviroses, adenoviroses, HIV – síndrome de soroconversão, HHV-6, parvovirus B19, CMV), que são normalmente indistinguíveis. A natureza polimórfica das lesões cutâneas e a eosinofilia do sangue periférico favorecem a erupção por drogas. A etiologia por drogas é favorecida em adultos e a causa viral na população pediátrica. É bom lembrar que infecções virais podem aumentar o risco de erupções por drogas, como acontece no exantema aminopenicilino-induzido que ocorre próximo de 100% na mononucleose.