top of page

Doença de Peyronie

Doença de Peyronie



VEJA AS IMAGENS: https://www.skinprime.com.br/atlas-de-imagens-1/doen%C3%A7a-de-peyronie


Patologia prejudicial à vida de muitos homens, a doença de Peyronie é marcada por placas fibróticas na túnica albugínea e tem como principal sintoma a presença de nódulo, palpável ou não, associado à dor e à curvatura do pênis durante a ereção. Ela se manifesta normalmente depois dos 50 anos e acomete cerca de 10% da população masculina mundial.

ETIOLOGIA: Acredita-se que a doença de Peyronie surja de cicatrizes exuberantes em resposta a trauma peniano em homens geneticamente predispostos, o que explica a prevalência de casos em pacientes com histórico familiar. Após o microtrauma, ocorre o depósito de colágeno na túnica albugínea do corpo cavernoso. Ademais, após um estudo realizado na Holanda, para 730 homens com doença de Dupuytren, a taxa de prevalência relatada pelos cirurgiões da doença de Peyronie foi de 7,8%, o que pode indicar uma relação entre essas duas patologias. Embora não seja completamente conhecida a causa da doença de Peyronie, estudos estão mostrando que existe uma associação dela com doenças reumatológicas, diabetes e uso de betabloqueadores para controlar a hipertensão arterial.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO: Os sintomas podem incluir uma combinação de curvatura peniana, placa palpável, ereções dolorosas e disfunção erétil. A doença de Peyronie pode ter um grande impacto na qualidade de vida do paciente e gerar malefícios psicológicos. No curso da doença, duas fases podem ser discernidas: na primeira fase ativa há curvatura peniana com ereções dolorosas; a segunda fase estável é caracterizada pela curvatura indolor do pênis. O diagnóstico pode ser feito por meio de uma combinação de história clínica, exame físico e, às vezes, modalidades de imagem, podendo ser utilizada a ressonância magnética.


TRATAMENTO: Embora o tratamento padrão da doença de Peyronie seja a cirurgia na fase estável, o tratamento não operatório é preferido por alguns homens e é a única opção de tratamento na fase aguda da doença, quando a cirurgia é contraindicada. Nenhuma terapia oral ou tópica demonstrou ser eficaz quando administrada isoladamente, mas algumas evidências apóiam seu uso como parte de um regime de terapia combinada. As terapias intralesionais, particularmente a colagenase clostridium histolyticum (CCH), mostraram-se promissoras. As terapias mecânicas podem trazer benefícios quando aplicadas por períodos prolongados de tempo, melhorando a curvatura peniana, o recuo e até mesmo restaurando o comprimento. Independentemente da modalidade escolhida, o aconselhamento ao paciente é primordial, como a recuperação do pênis ao seu estado pré-doença é altamente improvável. Assim, embora existam muitas opções para o tratamento não cirúrgico da doença de Peyronie, a cirurgia continua sendo a melhor opção para homens que desejam o caminho mais confiável e rápido para um pênis funcionalmente reto e ereto. O objetivo da terapia não cirúrgica deve ser uma abordagem cientificamente viável e segura para prevenir a progressão ou reduzir a deformidade e melhorar a função sexual.
A terapia por ondas de choque extracorpórea pode ser benéfica no manejo da doença de Peyronie para dor peniana refratária e redução do tamanho da placa. No entanto, a dor peniana geralmente se resolve espontaneamente ao longo do tempo, e a terapia por ondas de choque pode representar um encargo financeiro substancial para os pacientes. Um estudo controlado randomizado multi-institucional com padronização de métodos e critérios de inclusão rigorosos em relação à duração da doença seria benéfico para determinar a verdadeira eficácia da terapia por ondas de choque na doença de Peyronie.

REFERÊNCIAS BIBLIÓGRAFICAS:
Tsambarlis P, Levine LA.Nat Rev Urol. 2019 Mar;16(3):172-186. doi: 10.1038/s41585-018-0117-7.PMID: 30397330 Nonsurgical management of Peyronie's disease
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30397330/

Krieger JR, Rizk PJ, Kohn TP, et ai. Terapia por ondas de choque no tratamento da doença de Peyronie. Sex Med Rev 2019;7:499-507.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30926460/

Mohede DCJ, Riesmeijer SA, de Jong IJ, Werker PMN, van Driel MF.Plast Reconstr Surg. 2020 Apr;145(4):978-984. doi: 10.1097/PRS.0000000000006642.PMID: 32221218 Prevalence of Peyronie and Ledderhose Diseases in a Series of 730 Patients with Dupuytren Disease
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32221218/




Atualizado em 28/10/22

whatsapp-icone-2.png
bottom of page