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Cisto Triquilemal ou Pilar

Cisto Triquilemal ou Pilar



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ETIOLOGIA E EPIDEMIOLOGIA: Os cistos pilares ou triquilemais são comuns, atingindo 5-10% da população. Contêm queratina e se originam da bainha externa do folículo piloso. Localizam-se, mais frequentemente, no couro cabeludo (90%). Podem ser esporádicos ou serem herdados de forma autossômica dominante. São mais encontrados em mulheres que em homens e mais frequentes na meia-idade.


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E FISIOPATOLOGIA: Os cistos pilares são cistos intradérmicos que surgem do epitélio localizado entre a glândula sebácea e o músculo eretor do pelo. O cisto pilar é clinicamente semelhante ao cisto epidermóide, diferindo por sua comunicação com a superfície ser raramente observada (não há punctum visível) e por sua menor frequência, representando 10% dos cistos cutâneos. Os cistos pilares são solitários em 30% dos casos e múltiplos em 70% dos pacientes. Histologicamente não apresenta a camada granulosa e podem apresentar calcificação em 25% dos casos. Cerca de 2% dos cistos pilares podem originar um cisto triquilemal proliferativo que cresce rapidamente. Embora biologicamente benigno, pode ser localmente agressivo, tornando-se grande e ulcerado. A taxa de crescimento do cisto pilar é normalmente lenta. Os cistos triquilemais geralmente se apresentam como nódulos cor de carne, lisos, móveis, firmes e bem circunscritos.

DIAGNÓSTICO: O diagnóstico é prevalentemente clínico, embora a a lesão deva ser submetida à avaliação histológica para determinar o grau de malignidade, sendo atipia e alta taxa mitótica sugestivas de malignidade. A transformação maligna é extremamente rara.

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Cisto epidermoide , Cisto dermoide cutâneo, Tumor piloso proliferativo, Tumor triquilemal proliferativo maligno, Osteoma cutis, Pilomatricoma, Lipoma, Neurofibroma solitário, Pseudolinfoma , Acne queloidiana da nuca, Doença de Favre e Racouchot e Furunculose devem ser considerados como diagnósticos diferenciais.

TRATAMENTO: O tratamento é igual ao do cisto epidermóide com remoção completa da lesão. Se o cisto se romper, pode haver um granuloma de corpo estranho que pode simular infecção. A incisão e drenagem de detritos queratinosos geralmente é uma terapia adequada. Raramente, os cistos podem se tornar verdadeiramente infectados. Se isso ocorrer, um curso de antibióticos orais é indicado. É válido lembrar que a recorrência em casos de incisão é próxima de 3%, como nos casos de cisto epidérmico.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Pilar Cyst Daifallah M. Al Aboud , Siva Naga S. Yarrarapu , Bhupendra C. Patel reasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2022 Jan. 2022 Aug 22. PMID: 30480948 Bookshelf ID: NBK534209
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK534209/


ICD10CM: L72.11 – Pilar cyst SNOMEDCT: 254677004 – Trichilemmal cyst Cisto pilar; Kalowitz Bieber MD, Susan Burgin MD
https://www.visualdx.com/visualdx/diagnosis/?moduleId=101&diagnosisId=51349


Atualizado em 31/10/22

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