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Cisto Pilonidal

18/01/2025

Cisto Pilonidal


O cisto pilonidal consiste em processo inflamatório crônico que ocorre frequentemente na região sacrococcígea, estando geralmente associado à presença de pelos.

Etiologia. Atualmente, o cisto pilonidal é considerado uma doença adquirida que pode recidivar. A teoria mais aceita é que a lesão seja provocada por pelos soltos que, por atrito, pressão ou calor, atravessam a pele e se alojam na camada subcutânea. A presença desse corpo estranho, sem nenhuma ligação com os folículos pilosos (estruturas onde nascem os pelos), gera uma reação inflamatória que promove a formação de cistos.
Pelos encravados e alterações hormonais que aumentam a produção de pelos também são apontadas como possíveis causas. Etiologia congênita já foi apontada em estudos.

Epidemiologia. Afeta aproximadamente 0,7% da população. A incidência é de quase 25/100.000. Ocorre pelo menos duas vezes mais em homens do que em mulheres, geralmente entre 15 e 30 anos; a doença ocorre excepcionalmente antes da puberdade ou após 60 anos.

Manifestações clínicas. Os sintomas realmente aparecem na fase aguda, quando se forma um nódulo na parte superior do sulco entre as nádegas com sinais típicos de processo inflamatório e infeccioso: dor, rubor, calor e edema com saída de secreção purulenta por um orifício que se abre na pele. À medida que a infecção progride, novos orifícios podem surgir dando origem a fístulas que ajudam a drenar o pus. Dependendo do tamanho do orifício, é possível enxergar os pelos no interior do cisto e retirá-los. Febre, náuseas e cansaço extremo são outros sintomas possíveis da doença pilonidal. Existem 140 casos publicados de carcinoma surgindo num cisto pilonidal.

Diagnóstico. O diagnóstico é clínico.

Tratamento. A depender do avanço do cisto, deve-se drená-lo ou removê-lo por completo por meio de cirurgia. Existem várias opções de tratamento cirúrgico para o cisto pilonidal, incluindo incisão e drenagem, excisão de tecido doente com fechamento primário e cicatrização secundária e cirurgia minimamente invasiva. Ainda não é possível determinar qual técnica cirúrgica deve ser considerada padrão ouro para tratamento, pois até mesmo os resultados de diferentes pesquisadores utilizando o mesmo método de operação são conflitantes. Mas o que é certo é que a técnica de fechamento da linha média tem uma incidência muito maior de recorrência e infecção pós-operatória do que outras técnicas. Antibióticos são recomendados para mitigar possíveis infecções. É recomendado se retirar os pelos de toda a região sacra e do sulco interglúteo com laser para evitar o surgimento de novas lesões.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Progress in the surgical treatment of sacrococcygeal pilonidal sinus: a review. Peiliang Wu, Yingyi Zhang, Yewei Zhang, Shuang Wang, Zhe Fan. Int J Surg. 2023 Aug; 109(8): 2388–2403.

2. Demographic overview of pilonidal sinus carcinoma: updated insights into the incidence. Mhd Firas Safadi, Marius Dettmer, Matthias Berger, Konstantinos Degiannis, Dirk Wilhelm, Dietrich Doll. Int J Colorectal Dis. 2023; 38(1): 56.

3. Midline and off‐midline wound closure methods after surgical treatment for pilonidal sinus. Cochrane Database Syst Rev. 2024; 2024(1): CD015213.

4. Rethinking the causes of pilonidal sinus disease: a matched cohort study. Dietrich Doll, Imke Brengelmann, Patrick Schober, Andreas Ommer, Friederike Bosche, Apostolos E. Papalois, Sven Petersen, Dirk Wilhelm, Johannes Jongen, Markus M. Luedi. Sci Rep. 2021; 11: 6210.

5. Long‐term outcomes after cleft lift surgery for pilonidal sinus disease in post‐pubertal adolescents: data from a prospective Danish cohort. J. L. Ankersen, I. K. Faurschou, H. T. Hougaard, D. Doll, C. Oetzmann von Sochaczewski, M. Sørensen, A. G. Pedersen, S. Haas. Colorectal Dis. 2025 Jan; 27(1): e17169.













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