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Cisto Epidérmico

18/01/2025





Cisto epidérmico

Lesão cística, benigna que representa o tipo mais comum dos cistos cutâneos. O termo “cisto sebáceo” caiu em desuso e é inadequado. O termo atual é cisto epidermoide. Outros sinônimos comuns incluem cisto infundibular, cisto epidérmico, cisto de inclusão epidérmica e cisto de inclusão epidermoide.

Etiopatogenia. Resultam da proliferação de células epidérmicas dentro de um espaço circunscrito da derme e apresentam acúmulo de material córneo em seu interior. A fonte dessas células epidérmicas é geralmente o infundíbulo do folículo piloso. Os cistos normalmente expressam citoqueratina 1 e 10, o que embasa a origem epidérmica do cisto, antigamente chamado cisto sebáceo. A origem desta proliferação epidérmica dentro da derme, pode ter várias causas como sequestro epidérmico durante a vida embrionária, oclusão da unidade pilosebácea ou ainda implantação cirúrgica ou traumática de elementos epidérmicos. Alguns estudos sugerem ainda que o Papiloma vírus humano (HPV) e a radiação ultravioleta podem ter papel na gênese desses cistos. Algumas síndromes congênitas estão associadas aos cistos epidérmicos como Síndrome de Gardner, Síndrome do nevo basocelular e paquioníquea congênita. A síndrome de Gardner deve estar no diferencial se houver múltiplos cistos epidérmicos das extremidades.

Epidemiologia. Podem ocorrer em qualquer idade, porém são mais comuns na terceira e quarta década de vida. É aproximadamente 2 vezes mais comuns em homens.

Quadro clínico. Aparecem como lesões nodulares, abauladas sobre a pele, normalmente da cor da pele com ponto enegrecido central (punctum), que representa o orifício obstruído do folículo pilossebáceo. Por esse ponto central, pode haver saída de material esbranquiçado com odor fétido característico. A lesão normalmente é assintomática, mas pode haver inflamação ou infecção do cisto, gerando dor e eritema sobre a lesão. Podem ocorrer em qualquer lugar do corpo, mas são mais comuns em face, cabeça, pescoço e tronco.

Diagnóstico. O diagnóstico é clínico. A histopatologia demonstra cistos revestidos de epitélio escamoso estratificado contendo uma camada granular. Conteúdo de queratina laminada é vista no interior do cisto. Embora os cistos epidérmicos sejam benignos e a transformação maligna seja rara, os cistos grandes são preocupantes para uma possível malignidade. A malignidade deve ser descartada por uma biópsia. A imagem para cistos epidérmicos geralmente mostra uma massa de tecido mole subcutânea bem circunscrita que é isointensa ou intensidade de sinal ligeiramente maior para o músculo normal na RM ponderada em T1 e alta intensidade de sinal na RM ponderada em T2. Não há realce na RM pós-contraste.

Tratamento. O tratamento é a remoção cirúrgica do cisto com remoção completa da cápsula, que caso permaneça, pode gerar recidiva do cisto. Caso haja inflamação, antibióticos orais podem ser necessários. Há uma taxa de recorrência de 3%, apesar da excisão cirúrgica completa do cisto. Incisão por pulsão pode ser tentada bem como Biópsia Assistida por Vácuo nos casos de cistos na mama. Necessitam de tratamento precoce, pois podem causar prejuízos estéticos e funcionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Overview of epidermoid cyst. Van Trung Hoang a, Cong Thao Trinh b, Canh Hung Nguyen c, Vichit Chansomphou d, Vinay Chansomphou e, Thi Tinh Tam Tran f.Eur J Radiol Open. 2019 Sep 5;6:291–301.

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5. Penile Epidermal Cyst: A Case Report. Veerapandian Kumaraguru, Ravi Prabhu, Narayanasamy Subbaraju Kannan. J Clin Diagn Res. 2016 May; 10(5): PD05–PD06.





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